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Com: Aníbal Gonçalves

Câmara de SP decide abrir CPI das ONGs, que tem padre Júlio Lancellotti como alvo

04/01/2024 as 15:45

TRABALHO SOCIAL  | Por Redação 98, em Teófilo Otoni 


O vereador Rubinho Nunes (União Brasil), um dos fundadores do Movimento Brasil Livre (MBL) que deixou o grupo em outubro de 2022, obteve aprovação de seus colegas para a criação da CPI das ONGs na Câmara Municipal de São Paulo. Com 25 assinaturas, a iniciativa tem como foco a atuação do padre Júlio Lancellotti, da Paróquia de São Miguel Arcanjo, conhecido por seu trabalho filantrópico na Cracolândia, situada na região central da cidade. A comissão está prevista para ser instalada após o término do recesso, em primeiro de fevereiro, conforme informado inicialmente pelo jornal "A Folha de S.Paulo".

O pedido inicial da CPI visa principalmente duas entidades que realizam trabalho comunitário para a população de rua e dependentes químicos na região: o Centro Social Nossa Senhora do Bom Parto (Bompar) e o coletivo Craco Resiste. Nunes acusa o padre de estabelecer parcerias com essas organizações. Em entrevista ao GLOBO, o vereador alega receber "inúmeras denúncias" sobre a atuação de diversas ONGs no Centro de São Paulo, afirmando que estas oferecem alimentos, mas não prestam o devido acolhimento aos vulneráveis. Ele destaca a existência de uma suposta "máfia da miséria" que busca ganhos às custas da boa-fé da população, considerando tal prática antiética e imoral. Nunes ainda acusa o padre Júlio de ser o "verdadeiro cafetão de miséria" em São Paulo, alegando que sua atuação contribui para a perpetuação da situação das pessoas na região, insistindo que apenas oferecer comida e sabonete não resolve a situação.

Em resposta à "Folha de S. Paulo", Padre Júlio Lancellotti negou qualquer ligação com as entidades mencionadas e afirmou não fazer parte da Bompar há 17 anos. Ele ressaltou que, no passado, atuou como conselheiro.