Governo Lula é condenado a pagar R$ 15 mil em indenização a Bolsonaro e Michelle

11/09/2024 as 17:12
11 DE SETEMBRO | Após ser demitido de seu emprego de tratorista e sem perspectiva de futuro em um Brasil engolido pela hiperinflação, o maranhense Raimundo Nonato Alves da Conceição, de 28 anos, tomou uma decisão drástica: resolveu sequestrar um avião e jogá-lo no Palácio do Planalto, em Brasília, para matar o então presidente da República, José Sarney, a quem culpava pela crise econômica terrível em que o país se encontrava pós-ditadura militar. 

Munido de um revólver calibre 32, ele passou despercebido pela segurança do Aeroporto de Confins, em Minas Gerais, e embarcou em um voo da Vasp, a extinta companhia aérea estatal paulista, com destino ao Rio. Na época, detectores de metais e raio-x ainda não faziam parte dos procedimentos obrigatórios nos aeroportos em voos nacionais. Pouco após a decolagem, quando a tripulação começou a servir lanches aos 135 passageiros, Nonato sacou sua pistola e atirou contra a porta da cabine para informar seu objetivo: mudar a rota para Brasília, na intenção de se vingar das promessas não cumpridas pelo então presidente. 

A missão suicida foi malsucedida graças à postura corajosa do piloto Fernando Murilo Lima e Silva, que viu seu copiloto, Salvador Evangelista, ser morto pelo sequestrador na sua frente. 

O crime cometido por Nonato e seus desdobramentos influenciaram o 11 de setembro de 2001, como é conhecido o atentado terrorista às Torres Gêmeas, nos Estados Unidos. Autoridades que desmontaram o bunker de Osama Bin Laden, líder da Al-Qaeda e responsável por arquitetar o plano em questão, encontraram recortes de jornal que descreviam o sequestro do voo 375, espalhados pelo esconderijo do terrorista.