QUEIJO | Segundo levantamento da Seapa, Minas tem atualmente 8.370 queijarias; Desse total, apenas cerca de 5% são regulamentadas
Os produtores de queijo devem regularizar suas queijarias para garantir alguns benefícios, como geração de emprego, aumento de renda, reconhecimento e visibilidade para o produtor — que pode concorrer a premiações e títulos. No entanto, o processo para adequar a lei pode ser desafiador. Mas quanto custa regularizar uma queijaria em Minas Gerais?
Segundo o o Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), fora o investimento na estrutura e animais, o registro de uma queijaria junto ao Estado custa cerca de R$ 1.500,00. No entanto, André Almeida, gerente de Inspeção de Produtos de Origem Animal do IMA, explica os custos totais variam.
Para o registro estadual, o produtor deve pagar ao menos três taxas, calculadas em Unidade Fiscal do Estado de Minas Gerais (UFEMG), o que equivale a R$ 1.574,18. ‘A isso, somam-se as análises e testes [de água, de produtos, de sanidade animal] para passar pelos crivos dos órgãos de inspeção, que são totalmente por conta do produtor’, pontua André.

Queijarias em Minas
Segundo levantamento da Seapa, Minas tem atualmente 8.370 queijarias. Desse total, apenas cerca de 5% são regulamentadas.
Como regularizar?
Em nota, a Seapa afirma que reconhece que o trabalho de convencimento do produtor acerca da importância da regularização é um desafio. Por isso, criou o Projeto Queijo Minas Legal (PQML), que visa ajudar produtores de queijos a adequarem seus estabelecimentos, o que garante maior segurança alimentar e acesso a novos mercados.
A iniciativa coordenada pela Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), em parceria com suas entidades vinculadas (Emater, Epamig e IMA) e com o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) por meio do Procon-MG.
Até o momento, o PQML já atendeu 652 produtores em 160 municípios, com mais de 2 mil visitas da Emater-MG, resultando em 86 queijarias regularizadas. ‘O principal ganho é a habilitação sanitária, fundamental para garantir segurança alimentar, expandir o mercado e agregar valor’, conta Isabella Gruppioni, assessora técnica da Diretoria de Agroindústria e Cooperativismo da Seapa e uma das coordenadoras do PQML.
Uma das produtoras assistidas pelo projeto é Iza Matos, de Itaobim, no Vale do Jequitinhonha. Iza e a família produzem queijo de massa cozida, queijo cabacinha e frescal na Fazenda Ramalho e são assistidos pelo extensionista da Emater, Dajas Murta.
‘Eles estão baixando custos na produção do leite por produzirem o alimento das vacas’, afirma Murta.
Fonte: Itatiaia