TADALA | A tadalafila, da classe dos inibidores da enzima PDE-5, é amplamente utilizada no tratamento da disfunção erétil, além de ter indicações para hiperplasia prostática benigna (HPB) e hipertensão arterial pulmonar (HAP). Comercializada sob nomes como Cialis e Adcirca, é um medicamento que requer prescrição médica e avaliação clínica individualizada.
Nesta última quarta-feira (14), a Anvisa proibiu a fabricação, venda, propaganda e uso do produto Metbala, uma bala gummy com tadalafila, por falta de regulamentação. A agência alerta que o uso indiscriminado, sem acompanhamento médico, pode representar sérios riscos à saúde.
O uso recreativo da substância tem crescido, impulsionado por referências em músicas populares e relatos de celebridades. Porém, o Conselho Federal de Farmácia (CFF) e outros órgãos de saúde alertam que isso pode estimular o consumo irresponsável, especialmente entre jovens saudáveis.
A tadalafila age relaxando os vasos sanguíneos e aumentando o fluxo de sangue, facilitando a ereção. Também é usada para aliviar sintomas urinários em casos de HPB e, em formulações específicas, pode ajudar no tratamento de HAP — embora não tenha sido incorporada ao SUS por critérios de custo-benefício.
Dados da Anvisa mostram um salto nas vendas: de 21,4 milhões de caixas em 2020 para 47,2 milhões em 2023. A popularização levou ao uso indevido também em academias, onde é usada, sem comprovação científica, como suposto auxílio no ganho de massa muscular.
O uso indevido pode causar efeitos adversos como dores de cabeça, musculares, congestão nasal e até complicações graves como priapismo e eventos cardiovasculares. É contraindicada para quem usa nitratos, tem problemas cardíacos ou hipersensibilidade à substância.
“O uso sem necessidade médica é perigoso, independentemente da idade”, alerta o Dr. Joaquim Francisco de Almeida, do Cremesp.
Fonte: G1 / Foto: Reprodução/TV Globo
